As coisas ainda estavam do mesmo jeito que se lembrava: o forro na televisão, o carpete no meio da sala, o sofá que serviu tantas vezes de cenário para suas fantasias a distância. Tudo e quase nada mudara. Se respirasse fundo era possível sentir o cheiro tão peculiar daquele ambiente que fora sua segunda casa. Por instantes, vislumbrou a segurança que a rodeara quando estava nos braços dele. Sentia falta de não sentir medo do amanhã. O aconchego da constancia lhe dava boas noites de sono, apesar de ser outro o sentido que procurava para sua vida. Olhando o passado ainda tão recente, chorou pelos planos desfeitos, pela falta que ele fazia. Chorou por não poder ter tudo, chorou porque simplesmente queria chorar.
22 de jul. de 2010
20 de jul. de 2010
16 de jul. de 2010
Coração (en)cantado
Esse texto foi escrito por Priscila Rôde e eu o achei simplesmente maravilhoso. Parabéns mais uma vez, moça.
Ouça, ela ainda canta. Não é o vento. É o amor soprando as cinzas. É que agora ela anda solta, tropeça pra sentir o chão mais de perto e ter a certeza de que dali, não passa. Por que entre uma dor e outra é sempre bom guardar um pouco de si atrás do sim e dos sonhos à dois. A arte de esquecer nem sempre sobrevive no rir das próprias dores, as vezes, beira - se à hipocrisia. Sobrevive no acordar das vontades, no abraçar dos detalhes, no esperar e calar das horas.
Ela não perdeu o ritmo. Amanhece com o coração mais torto do que nunca mas, reinventado. Vive enquanto compõe milagres. Hoje, alguns sussurros dormem lá fora. Os mais bonitos, cantam dentro.
Ouça, ela ainda canta. Não é o vento. É o amor soprando as cinzas. É que agora ela anda solta, tropeça pra sentir o chão mais de perto e ter a certeza de que dali, não passa. Por que entre uma dor e outra é sempre bom guardar um pouco de si atrás do sim e dos sonhos à dois. A arte de esquecer nem sempre sobrevive no rir das próprias dores, as vezes, beira - se à hipocrisia. Sobrevive no acordar das vontades, no abraçar dos detalhes, no esperar e calar das horas.
Ela não perdeu o ritmo. Amanhece com o coração mais torto do que nunca mas, reinventado. Vive enquanto compõe milagres. Hoje, alguns sussurros dormem lá fora. Os mais bonitos, cantam dentro.
Priscila Rôde)
Mar - íntimo http://priscilarode.blogspot.com
12 de jul. de 2010
Longe da perfeição
Fulana era a bem feita de corpo.
Beltrana era a linda.
Cicrana o fez imensamente feliz enquanto durou.
Maria ficou até simpática.
Mick, coitada, esqueceu o retorno e dormiu no banco da praça;
Escutou os murmúrios, enquanto abraçava a indiferença;
Deu uma de cega, pois assim ditava a circunstância.
Sentada ao seu lado, a perfeição a convencia que seus poderes eram ilusórios
Enquanto pensava, Mick observava João...
Observava João...
Observava João...
Ele não merecia seu estoque de falsos milagres.
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