© Ilana Copque
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora -- murmura a bunda -- esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem.
Ondas batendo
numa praia infinita.Lá vai sorrindo a bunda.
Vai feliz na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda, rebunda.
CARLOS DRUMMOND
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora -- murmura a bunda -- esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem.
Ondas batendo
numa praia infinita.Lá vai sorrindo a bunda.
Vai feliz na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda, rebunda.
CARLOS DRUMMOND
5 comentários:
Poderia ser os olhos? a beleza do olhar...assim me sentiria mulher mais atraente...
Drummond, drummond...
beijo!
Jajaja...
Esse Drummond surpreende!!
O humor dele é demais!
A bunda ixi que bunda rebunda e é bunda....
Beijos
Pois é...
drummond, drummond...
e assim minha bunda pode sorrir mais
Rebunda a bunda
Só Drummond para saber falar tão bem de uma parte do corpo tão vulgarizada por mentes tão incapazes e tão sem sensibilidade e alma. Gostei e desconhecia.
Beijos!!!
Meg Macedo.
Postar um comentário