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20 de mai. de 2011

Tudo muito igual

Secou, sumiu, está vazio.
Não derrama, não pinga, não forma...
Não enche!
Falta umidade, viscosidade...
Falta lubrificação!
Já não passa por entre os dedos,
Já não flui pela língua,
já não acompanha as lágrimas ou sorri feito os olhos.
Já não canta feito dança,
Já não rima.... afinal, nunca rimou.
A coisa não vive, tão pouco morreu.
Esta na inércia, fecundando.
Está no vermelho esperando o verde.
Está na caverna,
Está no silêncio das coisas caladas, diante das ações gritantes
Não dorme, não dorme, não durmo!
Espero a inspiração chegar.
Rego o mar com o chá das 18h00.
Não assisto novela, tão pouco leio o jornal.
Tudo está tão assim: passando.
Tudo está tão assim: igual.

3 de mai. de 2011

Na falta também existe...


Também existe amor nas histórias de não amor. Também existe paixão na falta de paixão, nos beijos não dados, nas mãos que não se encontraram naquela ponte sem o por do sol perfeito. Também existe emoção naquela comoção de vontades de ter alguém ao lado. Porém, é quando não temos que pensamos na possibilidade de possuir, de experimentar... então desenhamos os caminhos possíveis e fáceis de serem apagados. Talvez exista mais afeto na expectativa que no enlace que se espera ser soberbo. A perfeição, no entento, está no imaginário que proporciona aquela angustia de querer abraçar e sentir toda a explosão de algo que não é humano, porque é ideal. Os sonhos vivem na não vivencia. Quando concretizados, precisam ser renovados, reinventados.