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9 de ago. de 2009

Flores presentes


Impossível não recordar neste domingo, aquele que herdei muito mais que os aspectos físicos. Ele foi, e sempre será para mim, a eterna criança sorridente, que fazia muito mais pelo próximo que por si mesmo.


Por vezes, fui a personagem desleixada e natural que meu pai gostava de retratar nas fotografias, seu orgulho, a menina sonsa que sorria sem inibição, para aquele que não cabia a suposta timidez. Hoje, sou eu quem admira a imagem do ser bem afeiçoado e de ego altivo, gravada por tempo indeterminado nas folhas plásticas das fotos.


Lembro-me do último dia dos pais que passamos juntos, um período muito próximo do último adeus. Sei que a saudade irá perdurar. Que bom, as pessoas duram, enquanto duram as lembranças. Neste domingo o ofereço flores. Flores para aquele que não está mais presente, flores de presente para aquele que homenageio aqui, hoje.

5 comentários:

Lord Broken Pottery disse...

Fica sempre uma pontinha de tristeza. Compartilho com você a orfandade e a saudade.
Beijo

Cecilio Bastos disse...

Fortes palavras Ilana. Mas tudo no seu tempo certo não é verdade? Uma passagem, únicos momentos que jamais se repetirão. Assim também é na fotografia...

Obrigado pelo comentário no Magem. Vi a fotografia do Jean Marc Bouju. Esse fotógrafo carrega imagens impactantes em sua bagagem, principalmente do Iraque.

Daysiane Figueiredo disse...

Ô irmãã, adoro seus textos! E esse está demais! Nem imagino a falta que ele deve fazer pra vc, mas com certeza ele está recebendo sua homenagem! Beijão!

Luiz Vita disse...

Ilana,

A vida é assim mesmo. Algumas pessoas são mais apressadas e acabam partindo antes, mas sempre deixam suas pegadas.
Bjs

Jaquelyne Costa disse...

Ilana,
linda a tua homenagem!

Você é a cara de seu pai!!
Poxa, que lindo isso tudo!

Um grande beijo neste coração amoroso!