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12 de dez. de 2010

Lhufas


Ausento-me até das minhas ausências. Já não sei quem vai, quando me calo e engulo essas dúvidas. Não me peça explicações para os atos desse eu ébrio e perdido, que tem no bolso empolgação para uma noite e apenas duas palavras de sentido concreto. Tal vocábulo faz cócegas naquele que escuta esse quase morto sussurro, que não ultrapassa a barreira da epiderme alheia. Em passos lentos eu vou ingerindo romances e vomitando vazios, sorrio sujo e dissimulo esse quase alguma coisa nada. E assim os dias passam, os dias passam... os dias passam e o céu continua azul, o tempo é seco e no sertão chuva derrama danças. Que eu me desenrole nas páginas e não me complique nos parágrafos, que eu não tropece nos velhos erros e que os braços acompanhem o ritmo das pernas.

Ilana Copque

2 comentários:

Jaquelyne Costa disse...

Menina,
eu preciso vir aqui de vez em quando pra salvar minha alma jaquetícia...

Jessica disse...

Ilana, quando ando por aqui fico viajando....
Seus textos me impressionam... Suas fotos mais ainda!!!

Adoroooooooooooo
Bjos